O que têm em comum Zeinal Bava, Rodrigo Costa, António Carrapatoso e Ângelo Paupério? Resposta: todos lideram operadores e estão a estudar soluções para as redes de fibra óptica.
Os administradores da PT, da Zon, da Vodafone e da Sonaecom reuniram-se ontem para tentar engendrar uma solução única para a implementação de redes de nova geração (onde se destacam as redes de fibra óptica) no País.
A reunião seguiu-se a um apelo do Governo que pretende antecipar para 2009 a entrada de Portugal na “era da fibra óptica”.
Através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), o Governo já fez saber que defende a partilha de infra-estruturas entre os vários operadores – uma solução que permitiria rentabilizar recursos, evitaria a replicação de redes nos mesmos locais e, mais importante do ponto de vista da economia do País, poderia a acelerar a disseminação de acessos à Net de 100Mbps.
De acordo com cálculos da Vodafone, instalar uma rede de fibra óptica no País custará cerca de 2,5 mil milhões de euros.
À excepção da PT, todos os operadores já deram sinais de estar dispostos a participar na constituição de uma rede conjunta.
Em várias ocasiões, os responsáveis da PT já fizeram saber que não pretendem a enveredar por um modelo de exploração partilhado.
Segundo o Diário Económico, Zeinal Bava, administrador da PT, tem vindo a participar em várias reuniões com responsáveis de operadoras concorrentes desde 8 de Dezembro – o que pode evidenciar uma mudança de posição (.. até porque a operadora histórica se encontra refém da inexistência de regulação para a fibra óptica e não pode avançar com investimentos, sob pena de mais tarde ser obrigada a abrir condutas à concorrência).
Apesar de não se saber qual a posição da PT, o Governo garante que será encontrado um acordo nos próximos dias e já terá disponibilizado para o efeito um montante de 50 milhões de euros, sendo o grosso dos investimentos assegurado pelos operadores de telecomunicações ou entidades privadas.
Exame Informática